Lady Killer vol. 1, de Joelle Jones e Jamie S. Rich


Ding, dong!
Cuidado ao abrir a porta para atender uma revendedora Avon...

Josie Schuller é a mulher perfeita. Típica dona de casa dos anos 1950, ela lava, passa, cuida do marido, da casa e dos filhos como ninguém, mas esconde um grande segredo: ela também mata como ninguém!

Luvas de limpeza e alvejante! Josie Schuller está no chão da cozinha limpando manchas de sangue sem levantar a menor das suspeitas, afinal, quem seria capaz de desconfiar de uma bela, recatada e tradicional mulher do lar? Seus cabelos sempre bem arrumados, suas roupas sempre bem passadas, alegras e compostas... Josie passa uma imagem tão correta e intocável que qualquer suspeita sobre ela seria considerada loucura. E é utilizando muito bem esse disfarce que ela segue fazendo vítimas pela vizinhança sem deixar nenhum rastro de sangue. Mas, afinal, qual é o propósito de Josie Schuller? E se a sogra bisbilhoteira começasse a vigiá-la?


Lady Killer foi uma leitura tão certeira que nas primeiras páginas eu já sabia que seria mais uma HQ favoritada. É desconcertante dizer (será que vou para o inferno por causa disso?), mas eu dei boas risadas em alguns momentos e torci fervorosamente por Josie em todas as suas empreitadas. Com muito humor, ação e crítica à realidade das mulheres, Joelle Jones constrói uma protagonista feminina heroína (por que não?) que desmistifica e destrói o estereótipo de mulher frágil.

Com cores vivas, traços belíssimos, muita ironia e  personalidade, Lady Killer é uma HQ irreverente que vale muito a pena ser lida. A mensagem que fica é: nunca subestime uma mulher, principalmente se ela for uma dona de casa.


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