Resenha: A Menina do Outro Lado vol. 2, de Nagabe


Este segundo volume começa no mesmo ponto em que termina o primeiro. Quando um forasteiro toca o rosto de Shiva, o medo entra em cena e invade o coração de Sensei. Ao mesmo tempo, perguntas começam a surgir e para encontrar as respostas, adentrar na floresta pode ser a única opção.

A experiência de acompanhar a jornada de Shiva e Sensei tem sido tão hipnotizante que volta e meia eu fico fazendo comparações e associações com o mundo em que vivemos. De um lado, os amaldiçoados, os diferentes, os monstros, aqueles que não podem ser tocados. Do outro lado, os que se dizem bons, sadios, protegidos e humanos. Entre eles, um muro e uma floresta. Nenhuma ponte. Só medo e julgamentos... Quem seriamos nós neste universo?


É equilibrando luz e trevas que Nagabe nos conduz por uma estrada de sensibilidade mesclando esperança, inocência, escuridão e reflexão. Aguçando nossa curiosidade ao encarar os questionamentos sob a perspectiva de Sensei e adocicando nosso coração através do olhar de Shiva, A Menina do Outro Lado vol. 2 segue convidativo e assustador na medida certa. Em preto e branco, o mangá parece fazer uma brincadeira ao construir seus personagens, uma vez que nada é totalmente bom ou ruim. Se A Menina do Outro Lado fosse uma paleta de cores seria possível notar suas incontáveis variações em tons de cinza.

Limites estão sendo cruzados. Fronteiras estão se expandindo.
Novos personagens estão surgindo, e mais perguntas estão sendo feitas.
Eu preciso de respostas! Vem, volume 3!

P.S.: Pra deixar a gente ainda mais doido, a DarkSide Books divulgou a seguinte informação: Para os fãs da obra, mais uma novidade: um curta animado feito pelo estúdio japonês Wit Studio será lançado em setembro de 2019. A direção da animação que adapta a história de Shiva e Sensei ficará com os japoneses Yuutarou Kubo e Satomi Maiya. 

NOTA: 5,0/5⭐️ | SKOOB | COMPRE AQUI

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