Sobre “Mulheres, Mitos e Deusas” e a minha paixão pelo “O Nascimento de Vênus” de Botticelli


Afrodite ou Vênus (segundo a mitologia romana) é uma das divindades mais conhecidas de toda a antiguidade. Quem nunca ouviu falar na deusa da beleza e do amor?

Uma das versões a respeito de sua origem, diz que ela era filha de Zeus com Dione (a deusa das ninfas). E, apesar de sua aparência — sempre refratada como — doce, angelical e amável, Afrodite é impetuosa, vingativa e impulsiva.

Deusa da beleza e amor, Afrodite também é a deusa da paixão e do prazer. Ela possui um cinto que, segundo a mitologia, contém todos os seus encantamentos de desejo e luxúria; e é daí que vem o termo “afrodisíaco”.

"Afrodite, a mais desejada e temida (...) incorporou-se à assembleia dos deuses não por compartilhar com eles a mesma origem, mas pelo secreto atrativo de seu cinto mágico, que fazia com que aqueles que a vissem se enamorassem dela até entrarem em delírio."

Dentre todas as deusas da mitologia grega e romana, a Vênus sempre foi a que mais despertou minha atenção e curiosidade: a forma como ela foi e continua sendo retratada, sempre desnuda totalmente ou semi nua; as cores naturalmente escolhidas para dar a ela um ar de graciosidade; as formas do corpo, cada uma seguindo o padrão de beleza de uma época específica... E em todas elas (ou na maioria, digamos assim), quase nunca podemos ver o outro lado (aquele que é sombrio e vingativo) de uma mulher/deusa cultuada apenas por sua beleza associada a um tipo de amor.


"Somente ela é capaz de administrar a paixão e manipular a humanidade a seu capricho. Ela restaura, une os diferentes, embeleza o feio, encontra metades perdidas, reconcilia, ilumina, enfeitiça o instinto, torna cego o mais lúcido dos seres humanos e lhe prodigaliza satisfações que não podem ser substituídas por quaisquer outros deleites."

Sinopse: Algumas mulheres conheceram o céu, outras o inferno; umas foram enaltecidas, santificadas, outras demonizadas; mas todas tocaram as profundezas do próprio ser, chegaram ao limite de sua condição e de seu tempo e se eternizaram na história. Ao tomar contato com a história e os dilemas vividos por figuras como Afrodite, Cinderela, Simone de Beauvoir e Virginia Woolf, a autora nos guia em uma viagem de resgate da essência perdida ao ressignificar o papel feminino no mundo. O livro revela uma análise inteligente dos arquétipos, dos mitos e das lendas construídos em torno da mulher, demonstrando como eles acabaram por reafirmar o machismo na cultura ocidental.

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