Cidade nas Trevas, livro #2 do universo expandido de Stranger Things


Cidade nas Trevas, de Adam Christopher, é o segundo livro do universo expandido de Stranger Things e narra a história do — meu tão querido e adoradoJim Hopper e toda a trajetória do personagem desde quando ele voltou da Guerra do Vietnã e mudou-se para Nova York, antes de retornar à Hawkins para ser o policial que a gente conheceu na série da Netflix.

O livro já começa com uma cena entre Hopper e Eleven e isso nos contextualiza à respeito do ponto inicial da história. Numa noite de natal, quando ambos já são praticamente pai e filha, uma conversa surge à mesa e Eleven começa a questionar quem foi Jim Hopper antes dela o conhecer. Meio cabreiro e um pouco hesitante sobre o que revelar à "filha" e como fazê-lo de uma forma que ela compreenda, Hopper vai contanto sua história devagar e, para isso, ele volta para onde tudo começou, na NY da década de 1970.


Assassinatos, investigações, gangues, trapaças... Cidade das Trevas, ao nos mergulhar na história do detetive, traz elementos clássicos de um bom romance policial e, para mim, a experiência teria sido perfeita se não houvessem duas coisas: a expectativa e o excesso de detalhes. Mas, vamos por partes. Com relação às expectativas, senti-me um pouco frustrada pois eu gostaria que a história se passasse em Hawkins ou tivesse, pelo menos, uma ambientação maior na cidadezinha que eu amei conhecer na série. Nesse quesito, o livro se torna uma história que facilmente poderia ser desprendida do título de "universo expandido", pois as poucas cenas entre Hopper e Eleven não conseguem segurar o clima de Stranger Things por muito tempo e é aqui que entra o segundo ponto: o excesso de detalhes sobre a vida do Jim em NY, por mais interessantes que sejam, desprendem o personagem da ambientação que eu gostaria que fosse a central — em Hawkins (mais uma vez).


Todavia, eu estaria sendo injusta se dissesse que o livro não é bom e que, apesar dos pontos que mencionei, não conseguiu me prender. A história é boa, Hopper é um excelente personagem e a história faz jus à personalidade que já conhecemos nele, só poderia ter sido um pouco mais "enxuta" e mais voltada para o universo da série. Os últimos capítulos, principalmente um que me fez lembrar a música Heroes do David Bowie (quem assistiu a terceira temporada sabe do que eu estou falando) conseguiram me emocionar e me deixaram ainda mais ansiosa pela próxima temporada, assim como, pelo próximo livro.


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