Cabo do Medo conta a história de Sam Bowden, um advogado que vive em paz com a família até o dia que Max Cady sai da prisão. Cady, que servia ao Exército na Austrália, foi flagrado por Bowden estuprando uma garota de 14 anos, e com o testemunho do advogado passou 13 anos na cadeia.
Agora que está livre, Cady deseja vingança contra Bowden e sua família e promete não descansar. O suspense vai sendo construído a partir da relação entre o psicopata (que parece ser uma criatura onipresente) e o advogado (que entende o risco que está correndo mas, perante a lei, nada pode fazer diante das ameaças que vem sofrendo). Nesse jogo de cão e gato a tensão vai crescendo à medida que não sabemos quem vai atacar primeiro. Para Sam Bowden, se correr o bicho pega e se ficar o bicho come. Para Max Cady, que não tem nada mais a perder, buscar vingança nunca foi tão divertido.
Cabo do Medo inspirou o filme Cape Fear (1991) sob a direção de Martin Scorsese e estrelado por Robert DeNiro que interpretou o inesquecível psicopata Max Cady. O filme foi indicado ao Oscar (1992) nas categorias Melhor Ator (Robert DeNiro) e Melhor Atriz Coadjuvante (Juliette Lewis) e também recebeu indicações no Globo de Ouro e no BAFTA (1993). >clique aqui para ver o trailer<
Eu não tenho o hábito de comparar livro com filme porque é de meu entendimento que são duas coisas diferentes e que uma obra inspirada não é, necessariamente, para ser uma obra igual em todos os aspectos. Eu gosto das mudanças, desde que sejam bem trabalhadas e foi o que aconteceu, na minha opinião, com Cabo do Medo.
Durante a leitura, apesar de todo o suspense e da aflição que senti (Max Cady dá arrepios!), eu sentia que faltava algo mais. Talvez mais drama, mais fúria... Por outro lado, o filme tem uma atmosfera tão envolvente - da trilha sonora à fotografia - que foi impossível não ficar hipnotizada com todo o trabalho visual. Cabo do Medo acabou sendo, para mim, um dos exemplos de quando o filme se sai melhor que o livro, porém, a experiência de leitura foi válida, rendeu bons papos com a Mi do IG literário @enevoadaa e foi marcante à sua maneira.
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