Por que ler Crônicas de Morrighan: A Origem do Amor?

Cá estou, meus amigos, de volta ao rico e mágico universo criado por Mary E. Pearson depois de ter me apaixonado pelo primeiro volume de Crônicas de Amor e Ódio: The Kiss of Deception. Se vocês ainda não leram. Leiam, por favor.

Um dia a esperança teria nome.

Crônicas de Morrighan: A Origem do Amor é um conto sobre o início de tudo, dos reinos de Morrighan e Venda, suas mitologias e mistérios... muito antes da princesa Lia pensar em nascer. Nessa edição da DarkSide Books — que é a única no mundo — temos em mãos a história do despertar de um sentimento que mudou a história de dois reinos, de dois povos e de dois corações. É tanto o capricho merecido da edição brasileira que o livro parece reluzir e o corte dourado remete à ideia de ouro lapidado. Mas o poder de Morrighan não está limitado à edição, a escrita poética de Mary E. Pearson faz viajar, encanta e apaixona.

Um dia ele me deu um punhado de céu quando me viu fitando as nuvens lá em cima, só para me ver sorrir. Eu o coloquei no meu bolso.

Ah, e antes que vocês possam se questionar se é preciso ler o conto antes de iniciar a trilogia, eu lhes darei a melhor resposta do mundo: é você quem escolhe! Ler Crônicas de Morrighan antes ou depois da trilogia são duas experiências diferentes e não cabe à mim dizer como cada um deve aproveitar esse momento.

Antes que fronteiras tivessem sido traçadas, antes que tratados fossem assinados, antes que guerras fossem travadas novamente, antes que os grandes reinos dos Remanescentes tivessem até mesmo nascido, e o mundo era apenas uma vaga placa de memórias contadas em histórias e lendas, uma menina e sua família lutavam para sobreviver. E o nome daquela menina era Morrighan.

Ler A Origem do Amor vale a pena pelo poder que Morrighan tem; ela é fortaleza, sabedoria, paciência e amor. Aqui e em toda a trilogia as personagens femininas não são frágeis e nem esperam pelo príncipe encantado no cavalo branco, assim como nem todos os homens são selvagens e brutos, apesar de suas origens. Mary E. Pearson desvia dos estereótipos e constrói personagens humanamente reais. Leitura recomendada para quem ainda não conhece a história e também para os fãs desse universo.

Todos nós conhecemos mulheres poderosas, capazes, fortes e inteligentes. Elas são reais em nossas vidas. É apenas certo e natural que encontremos as histórias delas entre as páginas dos livros. Mulheres não são coadjuvantes. Elas também são as heroínas do mundo.

 

 

Nós já perdemos demais. Nós nunca devemos nos nos esquecer de onde viemos, para que não repitamos a história. Nossas histórias devem ser passadas para nossos filhos e para nossas filhas, pois, com apenas uma geração, a história e a verdade são perdidas para sempre.