A força e a sutileza em "Poesia completa", de Maya Angelou


Este foi o meu segundo contato com os poemas de Maya Angelou (o primeiro foi através do livro infantil "A vida não me assusta" publicado pela DarkSide Books) e o resultado foi um mergulho profundo dentro de mim — o que me trouxe reflexões, um olhar mais atento para outras realidades e, principalmente, uma chuva forte de intensas emoções. Escrevendo sobre si mesma e sempre ressaltando o que é ser uma mulher negra, em Poesia Completa, Maya Angelou me levou às lágrimas.

Alguns poemas como "Quando você vem até mim" e "Quando penso sobre mim mesma" me tocaram tão fundo que eu li e reli algumas vezes no mesmo dia. Outros como "Venha. E Seja meu amor" e "Sozinha" foram uma leitura tão certeira — daquelas que eu não sabia que precisava, até ler — que a identificação foi instantânea.

Mais para a frente, Maya escreveu a seguinte frase: "Me toque vida, mas não suavemente". Depois daí o livro segue com o poema "Onde pertencemos, um dueto" que fala justamente sobre como vida a tocou: na pele e no amor. Mas foi quando eu li "Ainda assim eu me levanto" que os pêlos do meu braço se arrepiaram e eu senti no fundo do peito a força dessa mulher. E que mulher!

Poesia Completa é um livro que eu vou guardar para sempre no meu coração e vou reler toda vez que eu precisar de inspiração. As palavras de Maya Angelou têm força e delicadeza, paz e inquietação. Os poemas são como uma música que começa devagarinho, nos ganhando suavemente, e vai deixando a gente em êxtase no refrão...

Como uma canção favorita, há versos aqui que eu nunca vou esquecer. Mais uma vez, Maya Angelou me ganhou. Eu fui arrebatada por suas palavras.


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