Diário de uma Twilighter à espera de Midnight Sun #1: uma ode à Saga Crepúsculo

Assim como todo livro que nos marca de uma forma especial, Crepúsculo teve um papel muito importante na minha vida. Não foi o livro que me incentivou a começar a ler, pois, na época, eu já era uma leitora assídua, mas foi o livro que me fez experimentar, pela primeira vez, a sensação de me apaixonar por um personagem e de estar, de verdade — e literalmente — dentro da história.

Eu moro na Bahia, então, o clima por aqui é sempre quente. Porém, como se o destino quisesse realmente interferir, a primeira vez que li Crepúsculo foi durante o inverno. Eu estava na sala da casa de minha avó, deitada no sofá, ouvindo o barulho de chuva e sentindo o vento gelado entrando pela porta... A sensação era tão gostosa que eu me sentia em Forks! E por falar na casa da minha avó... Aqui a história começa a ficar mais sentimental:

Minha querida vovó sabia o quanto eu gostava de Crepúsculo porque eu vivia falando do filme e repetindo diversas vezes que eu não via a hora de ler os livros. Daí, num belo dia de inverno, ela foi até à livraria do shopping e voltou pra casa com todos os livros da saga para me dar de presente. Até hoje, quando lembro, consigo sentir a sensação... Foi um dos dias mais felizes da minha vida! E vovó ainda foi esperta que trouxe também o livro da Bree Tanner!

Eu costumo dizer que lembrar de Crepúsculo é lembrar de minha avó, do amor dela por mim e — ao mesmo tempo — de uma das experiências de leitura mais gostosas que eu já tive; tanto é que eu só gosto de reler Crepúsculo quando tá fazendo um friozinho por aqui... Afinal de contas, assim como a Bella, eu me daria muito bem vivendo num lugar frio.

E por falar em Bella... Vocês vão rir de mim se eu disser que eu me via muito nela? Mas como é interessante perceber as mudanças pelas quais eu passei ao longo tempo para me ver, hoje, tão diferente dela...

Bella Swan é uma personagem construída no estereótipo de muitas adolescentes: meio rebelde sem causa, reclusa, a excluída (ou a que se exclui) dos rolês, a que não se acha nem um pouco especial... Até que, de repente, como num passe de mágica, tudo que ela esperou (sem nem saber que estava esperando) acontece e a vida passa a ter cor, adrenalina e (por que não? 😏) perigo.

Pois bem, eu me sentia MUITO como a Bella Swan. Até a minha mãe — que também é Twilighter — já falou diversas vezes que eu me parecia com a Bella, e se mamãe falou é porque ela sabe das coisas! Eu era a Bella que sofria calada pelos crushes que eu imaginava (os da vida real não me interessavam); eu era a Bella que sonhava com um amor infinito, que tirasse meus pés do chão e que me fizesse flutuar; eu era a Bella que apesar de ter poucos amigos, amava todos eles com todo o meu coração, e por fim; eu era a Bella que sempre me diminuía em prol dos outros, a que sempre achava que não havia nada de especial em mim...

Mas como a vida dá voltas, né? Minha querida Bella começa como um cordeiro apaixonado e termina como uma leoa brava e destemida! Aquela garota que se desmerecia tanto virou uma mulher forte e inspiradora pra muita gente... inclusive pra mim.

Crepúsculo me marcou de várias formas e todos os personagens têm um lugar especial aqui no meu coração, mas a Bella Swan, em específico, tem todo o meu amor e a minha admiração. Foi através dela que, pela primeira vez, eu consegui me enxergar em uma personagem, e quando eu brigava com ela quase gritando com as páginas do livro, era como se — bem lá no fundo — eu estivesse brigando comigo mesma.

Bom, eu vou parar por aqui porque quando começo a falar de Crepúsculo eu acabo me empolgando rs. Mas eu espero que vocês tenham gostado de saber sobre a minha relação com a saga. Porém, não pensem que acabou. Enquanto O Sol da Meia Noite não chega, eu me dediquei a criar o quadro Diário de uma Twilighter à espera de Midnight Sun e logo, logo vem a parte #2.