Depois dos contratempos que aconteceram no primeiro volume, Josie Schuller está volta e, dessa vez, por conta própria. Agora morando na Flórida com toda a sua família e, claro, ainda sob os olhos suspeitos da sogra, o desafio de Josie é conseguir dar conta de tudo sozinha, desde a sondagem do terreno e o abate até a parte da limpeza. Sem contar na parte burocrática do serviço! Tá pensando que ser uma assassina profissional é mole?
A medida que as coisas vão ficando complicadas para nossa Lady Killer, novos personagens aparecem, incluindo aqueles que achávamos que tinham ficado no passado e retornam com intenções duvidosas. Dessa vez, Josie precisa ser ainda mais astuciosa e seguir seus instintos antes que seja tarde demais.
Foi difícil, para mim, enquanto fã do trabalho da Joelle Jones, apontar este segundo volume como o meu favorito (até agora). Acredito que isso se deve ao fato de que pude conhecer um pouco mais da Josie como mulher, e não só como mãe e assassina profissional, e entender parte de suas motivações para agir como tal.
Uma coisa muito interessante na história é o trabalho de Josie (um dos trabalhos, na verdade), no primeiro vol. como revendedora Avon e agora no segundo vol. como revendedora Tupperware. Acontece que, naquela época, ser revendedora de produtos de porta em porta era uma das atividades que mais ajudavam as mulheres a possuírem alguma renda, uma vez que os direitos trabalhistas delas não eram iguais aos dos homens. Nesse contexto, o papel de Josie Schuller é muito bem desenvolvido e nos dá uma amostra do dia-a-dia da mulher que trabalha fora de casa e precisa chegar a tempo de cuidar das crianças, arrumar a casa e fazer a janta do marido: um cenário de jornada dupla que — infelizmente — ainda se repete nos dias atuais.
Lady Killer vol. 2 é uma HQ sensacional. Recomendo a leitura para quem já leu o primeiro volume. E pra quem não leu ainda: Tá esperando o quê?
NOTA: 5,0/5 | SKOOB
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