Resenha: O Grande Gatsby, de F. Scott Fitzgerald



     
Título: O Grande Gatsby
Autor: Scott Fitzgerald
Editora: Geração Editorial
Páginas: 204

Sinopse: Obra-prima de F. Scott Fitzgerald, este clássico do século XX retrata a alta sociedade de Nova York na década de 1920, com sua riqueza sem precedentes, festas nababescas e o encanto das melindrosas ao som do jazz. O sol em ascensão desse universo cintilante e musical é o enigmático milionário Jay Gatsby, ao redor do qual orbitam três casais glamorosos e desencontrados, numa trama densa, repleta de intrigas, paixões e conflitos que precipitam o trágico eclipse. Recriação soberba de um dos períodos mais prósperos da história dos Estados Unidos, O grande Gatsby é uma crítica mordaz à  insensibilidade e imoralidade revestidas de ouro da chamada Era do Jazz, e um dos melhores romances — talvez o melhor — já escritos nesse país.


Nota da Editora: "Como diz Ruy Castro na apresentação que preparou especialmente para esta edição, Gatsby é o alter ego do próprio F. Scott Fitzgerald, que embora idolatrasse os ricos e o glamour da época, enxergava a sua decadência e não se conformava com o materialismo sem limites nem com a falta de moral desse delírio hedonista."


É difícil falar de um livro que me deixou tão sem palavras... 
Há tempos eu tinha o enorme desejo de ler O Grande Gatsby, pois sou curiosa pelos clássicos da literatura, então quando tive a oportunidade de comprar essa edição lindona da Geração Editorial, em capa dura e com imagens, não pensei duas vezes. 

"Eu a amava. E este é o começo e o final de tudo."

A história é narrada por Nick Carraway, um rapaz simples que se arriscou a viver em Nova York tentando a carreira de administração. Lá chegando, ele passa a morar em uma casa simples que fica ao lado da Mansão do Sr. Gatsby - o homem mais falado do lugar. Jay Gatsby, esse é o seu nome. Pouco se sabe sobre ele - muitos dizem que já matou um homem, outros dizem que ele já serviu ao exército, as más línguas dizem que ele comanda algum tipo de comércio ilegal, e pouquíssimas são as pessoas que viram seu rosto de verdade. Tudo o que se sabe sobre ele é que se trata de um homem muito rico e que frequentemente realiza grandes festas (grandes mesmo) em sua mansão. Essas festas são sem comemoração alguma, apenas por prazer, e toda a cidade sente-se no direito de comparecer - embora ninguém, nunca, tivesse sido formalmente convidado, exceto o simples Nick Carraway. Que motivos teria o Sr. Gatsby para convidar o pobre rapaz?


"E eu gosto de festas grandes. Elas são tão íntimas! Nas pequenas reuniões não há isolamento algum."
Do outro lado da Mansão, moram Daisy Buchanan - uma moça acostumada com luxo, mimos e riqueza - e seu esposo Tom, mais acostumado com os fatores acima do que ela. Digamos que os dois se merecem muito bem. Mas diante de todo o glamour, existe um ar de tristeza e frustração no casal. Adultério, fantasmas do passado e conformismo assombram o relacionamento dos dois, ao mesmo tempo que os fortalece em seus próprios mundos. Qual a relação dos Buchanan, Nick Carraway e Jay Gatsby na história? O desenrolar dos fatos é surpreendente e emocionante.


"Existem apenas os perseguidos, os que perseguem, os ativos e os fatigados."
Certas noites, Nick pode ver seu vizinho, o Sr. Gatsby, observando uma luz verde ao longe, na tentativa de alcançá-la. Esse mistério da luz verde e toda a poética por trás disso me emocionou de verdade. Como eu gostaria de ter conhecido o Sr. Gatsby! Como eu gostaria de ter estado no lugar de Nick Carraway e ser sua vizinha, sua amiga, sua confidente. Como eu gostaria de dizer umas boas verdades para Daisy Bunchanan! E como eu gostaria de ter participado de uma das festas na mansão do Sr. Gatsby, só para rir dos boatos sobre sua pessoa e sentir o brilho nos olhos pelo glamour da era do jazz!

"Nenhum fogo poderia destruir o conto de fadas que ele tinha em seu coração."

O livro tem personagens muito cativantes, como o próprio Gatsby e Nick. Mas os secundários também não deixam a desejar, mesmo os que me causaram raiva, têm a sua relevância na história. Até mesmo aqueles que parecem meros "enchedores de linguiça" a princípio, sofrem uma grande reviravolta da metade do livro em diante, tornando-se cruciais para o desenrolar da trama.

O livro passa uma certa lição sobre imagem/status; sobre solidão e sobre a inquietação do amor. Talvez até aqui eu já tenha falado muito sobre o livro, mas ainda sinto que mais palavras querem sair. Algo como "eu preciso falar mais sobre o Sr. Gatsby!". Ele foi, com certeza, um dos personagens que mais me cativou e me emocionou em comparação a todos os livros que li até hoje. Tenho por ele, uma admiração muito grande. Torci muito por ele durante toda a leitura e terminei as últimas linhas do livro com lágrimas nos olhos.


"(...) perdera aquele seu cálido e antigo mundo, pago um preço demasiado alto por haver vivido com um único sonho."



O livro já teve várias edições e também várias adaptações para o cinema. Digno de uma obra tão maravilhosa do Fitzgerald! A última adaptação cinematográfica foi em 2013, com um elenco lindo composto por Leonardo DiCaprio (Jay Gatsby); Tobey Maguire (Nick Carraway) e Carey Mulligan (Daisy Buchanan).




Espero que tenham gostado da resenha.
Até a próxima! 

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10 Comentários

  1. Esse livro é tão triste! :/ kkkkk, MAS eu quero ler mesmo assim, a capa é linda, e pelo que sei parece ser ótimo, está na minha lista! :)

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    1. Midian, apesar da tristeza do livro, ele tem muita lindeza a cada página que você lê. Mesmo com os spoilers kkkkkk pode ler que eu garanto que você não vai se arrepender. É meu livro favorito da vida!

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  2. AMEI A RESENHA JESS!! Os maiores romances são mesmo aqueles mais difíceis de engolir olha...Daisy, eu te odeio! haha Esse é um livro triste e lindo, e eu queria dar um abraço no Gatsby e acreditas que eu ainda não vi esse filme?! Vou baixar! Beijos!!
    http://www.trocandodisco.com.br/

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    1. O Gatsby merece TODOS os abraços do mundo! Se eu pudesse, o abraçaria agora por tudo que ele é, e por tudo que ele fez. Sério, esse livro se tornou o meu favorito da vida!
      Que bom que gostou da resenha. E assista mesmo o filme! Vale a pena tanto quanto a leitura. É beeeeem fiel e faz a pessoa se emocionar. :')

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  3. Adorei a resenha!!!! Quase comprei esse livro ano passado, me arrependo até hoje, parece ser incrível! E também queria muito assistir o filme, mas sabe como é né, quero ler a história antes... hehehe
    Beijocasss
    doprefacioaoepilogo.blogspot.com.br

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    1. Eu também li antes de assistir, meninas! rsrs. Mas por se tratar um livro pequeno (menos de 200 páginas), dá pra ler rapidinho e correr pra ver o filme.
      Me avisa quando ler e/ou assistir. Quero opiniões e falar sobre a maravilha poderosa que é esse livro!

      beijo!

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  4. Comprei esse livro no ataque rompante consumista que tive ano passado. Sempre olho pra ele, mas passo outro na frente. Depois dessa resenha, subi kkkkkkkkkkkk

    http://viciosdevaneios.blogspot.com.br/

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    1. Suba ele meeeeeeesmo! Me avisa quando ler! Eu espero que goste!

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  5. Jess! Não sabia que Gatsby era o livro da sua vida! hahaha tão bom quando a gente acha a obra favorita! Ótimo texto o seu. Eu vi o filme e confesso que não curti muito... mas sabe, bateu uma vontade louca de ler o livro... e como livro sempre é melhor que o filme, botei fé, e estou procurando uma tradução boa pra essa obra de Fitzgerald. Pelo que vi essa da Geração parece muito bonita! Vou ler a amostra dela pra ver se curto. Obrigado pela dica!! :D

    Alexandre, do site Do Que Eu Leio
    @_alexandremelo

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    1. Sim, esse é o meu livro da vida. Espero que goste também, quando realizar a leitura. O filme com o DiCaprio eu gostei tanto quanto do livro, confesso a você que não sei te dizer qual é o melhor. O filme tem mais alegria, já o livro é mais melancólico, mas ambos são uma maravilha! Quando comprar, opte por essa da Geração. Ela está muito caprichada e custou bem barato quando comprei. ;)

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