Um coração ardente, de Lygia Fagundes Telles | Lendo #1ContoPorDia da Literatura Brasileira


"Eu não tinha talento nem para a literatura e nem para a filosofia, nenhuma vocação para aqueles ofícios que me fascinavam, essa é a verdade, tinha um coração ardente, eis aí, tinha apenas um coração ardente."

Olá, mores da minha internet! Há um tempinho eu conversei com a minha comunidade no Instagram sobre minha vontade de conhecer a escrita da Lygia Fagundes Telles e recebi muitas indicações, principalmente dos contos, para começar. Sendo assim, decidi montar um projeto pessoal e ler um conto da Lygia por dia, já que a maioria deles (pelo que pude observar) são bem curtinhos e fluidos.

A minha intenção era começar pelo livro "Antes do Baile Verde" que foi o mais recomendado por lá — e eu até já o tenho aqui —, mas como ele demorou um pouquinho pra chegar e eu queria ler algo da Lygia logo, peguei o e-book de "Um Coração Ardente" (só porque eu amei esse título) e comecei.

Tamanho foi o meu amor pela escrita da Lygia que ampliei o projeto (que, a princípio seria em formato de post no feed) e o levei para o IGTV. Tem sido uma delícia gravar sobre os contos da Lygia e é um imenso prazer compartilhar com vocês.


Sinopse: Os dez contos reunidos neste livro foram publicados por Lygia Fagundes Telles entre 1958 e 1981. Todos, de alguma maneira, mereceriam o título emprestado pelo primeiro deles à coletânea. São histórias de homens e mulheres, crianças e adultos flagrados em seus sentimentos mais secretos e em sua relação espinhosa com a vida à sua volta. Em "Um Coração Ardente", um rapaz se apaixona por uma moça sem saber que ela é prostituta e, depois, tenta regenerá-la. Em "Biruta", um menino órfão cujo único consolo e companhia é seu cão de estimação vê-se traído pela família que o adotou como uma espécie de agregado. Em "Emanuel", o amante inventado por uma moça solitária em um mecanismo de defesa contra as zombarias das amigas acaba por ganhar existência real. "As Cartas", por sua vez, narra o empenho de uma mulher para proteger a correspondência comprometedora de uma amiga com um político casado. Já o entrecho de "A Estrela Branca" é o transplante de olhos que devolveu a um cego a visão mas não o controle sobre ela. Em "O Noivo", um homem acorda no dia do seu casamento sem se lembrar quem é a noiva, e a revelação de sua identidade o chocará tanto quanto ao leitor. "O Encontro" é uma fantástica viagem a vidas passadas. Com a segurança narrativa e a prosa envolvente que encantou leitores e críticos de várias gerações, a autora trafega com desenvoltura entre a descrição externa das cenas e o mergulho na vida interior dos personagens e o resultado é que saímos da leitura destas páginas com uma percepção mais compassiva e multifacetada das vicissitudes humanas.


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