Resenha: O Mal Nosso de Cada Dia, de Donald Ray Pollock


"O Mal Nosso de Cada Dia" de Donald Ray Pollock nos conta a história de algumas pessoas que habitam a cidade de Knockemstiff, Ohio. Ambientada num período pós-guerra, logo nos primeiros capítulos a narrativa já nos mostra o sentimento de desesperança que domina os personagens e todos eles carregam demônios nas costas.Aqui, conhecemos um ex-soldado que volta traumatizado pela guerra, um garoto que cresce presenciando coisas horríveis e se torna um assassino frio, um missionário que come aranhas, um pastor que abusa da fé dos fiéis (principalmente das jovens garotas), um casal de serial killers que fotografa as vítimas no momento da morte e um xerife que não mede esforços para conseguir o que quer.

"É uma coisa que começa a pesar sobre o sujeito depois de um tempo, as conquistas dos outros."

De uma forma brilhante, todas essas narrativas, que à princípio aparecem soltas na história, se encontram e quando isso acontece, o sentimento de desesperança que antes estava só nos personagens, ultrapassa as páginas do livro e domina o leitor. Não há saída. É como se não houvesse espaço para redenção em Knockemstiff.

Para mim, O Mal Nosso de Cada Dia foi uma leitura que eu já esperava gostar bastante. Costumo dizer que quanto mais personagens perturbados o livro tem, mais eu gosto, e foi justamente isso o que me prendeu à história. Aqui não temos um herói para quem torcer, tampouco momentos de plot-twist, a história segue linear do início ao fim, às vezes até parece que não vai chegar a lugar nenhum, mas chega. E o desfecho não é como a gente espera. Afinal, o que — de fato, na vida — é como a gente espera?

O Mal Nosso de Cada Dia não é um livro para todo mundo, tem muita cena forte e causa um sentimento de impotência no leitor. No entanto, para mim, que gosto desse estilo de narrativa, a leitura foi muito satisfatória, inclusive cheguei a me emocionar num determinado momento. A história ficou por horas na minha cabeça e eu quase não consegui dormir quando conclui a leitura as 1:30 da madrugada.

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Beijo e até a próxima!

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2 Comentários

  1. Oie,
    Fiquei sabendo sobre esse livro justamente porque vi a notícia da adaptação e fiquei com muita curiosidade. Apesar de gostar muito de um bom plot, histórias mais lineares tem me agradado muito nos últimos tempos, então acho que vou dar uma chance pra ele!
    Adorei a resenha.

    Beijos,
    Fantasma Literário

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    Respostas
    1. Oi,, Carol! Tudo bem? Então, eu também tenho curtido cada vez mais histórias lineares... Tem algo nelas que tem me fisgado nos últimos tempos e O Mal Nosso de Cada Dia é um exemplo maravilhoso disso. Dá uma chance sim! Espero que você goste <3

      Beijão! :D

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