5 motivos para ler "As Outras Pessoas", de C. J. Tudor



"Nós achamos que tragédias só acontecem com as outras pessoas, até que acontecem com a gente.”

As Outras Pessoas, terceiro livro da C. J. Tudor publicado aqui no Brasil pela Editora Intrínseca, é um suspense recheado de informações com uma reviravolta inimaginável no final. A premissa é a seguinte: um pai está voltado para casa e, de repente, percebe que sua filha está no carro à sua frente. Ela diz "papai", mas o carro parte em disparada e ele não consegue alcançá-la. Neste mesmo momento ele recebe a ligação da detetive dizendo que algo aconteceu com sua esposa e filha. Intrigante, não é? Bastante!

"Estar desaparecido é diferente de estar morto. De certa forma, é pior. A morte oferece um fim. A morte dá permissão para o luto. Para fazer um funeral, acender velas e deixar flores num túmulo. Para seguir em frente."

Comecei a ler As Outras Pessoas sem saber muito da história, mas mesmo assim as expectativas eram altas porque eu adorei a minha primeira experiência com a escrita da Tudor em O Homem de Giz e, mais uma vez, a mulher conseguiu prender minha atenção do início ao fim. Não vou mencionar mais nada sobre o enredo, pois, se tratando de um thriller, eu acredito que a experiência fica imensamente melhor quando todas os fatos vão sendo descobertos durante a leitura, totalmente de surpresa. Então vamos aos cinco fatos que fazem de "As Outras Pessoas" um livro muito bom:

1. Quebra-cabeça:
Se te uma coisa que eu adoro em livros de suspense é como o autor constrói as perguntas na nossa cabeça e vai nos dando as peças pouco a pouco deixando que a gente deduza o lugar em que elas vão se encaixar. Aqui, C. J. Tudor faz um ótimo trabalho quando embaralha o quebra-cabeça e não dos dá nenhuma pista sobre o desenho final.

2. Plot-twists e reviravoltas surpreendentes:
Justamente por não dos dar muitas pistas, como citei acima, as reviravoltas do livro são sempre surpreendentes.

3. Tudo está conectado:
Esse é um fator extremamente positivo (para mim) se tratando de um thriller. Eu gosto bastante da sensação de confusão que a história traz num primeiro momento pra depois oferecer alguns lampejos de claridade onde a gente consegue perceber as coisas se entrelaçando e fazendo sentido.

4. Personagens com camadas:
Nenhum personagem está no livro à toa e eles são muito bem construídos, alguns com mais camadas do que outros, mas todos eles têm relevância para a história, desde o início até o final.

5. Toque sobrenatural:
Chegamos ao meu favorito! Esse toque sobrenatural é a carta na manga da C. J. Tudor em suas histórias e, com certeza absoluta, é o fator principal para que eu me apaixone por elas. Em um determinado momento, o curso da narrativa nos leva a um acontecimento que não pode ser explicado racionalmente, o que  para mim  aguça ainda mais a curiosidade do leitor e marca de forma bastante expressiva uma característica única da autora.

“As pessoas dizem que ódio e amargura vão destruir você, mas estão enganadas. É a esperança. É a esperança que vai devorá-lo de dentro para fora como um parasita. Vai deixá-lo em suspenso como uma isca para tubarão. Mas a esperança não vai matá-lo. Não é tão gentil assim.”

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