Falar sobre Me Chame Pelo Seu Nome é algo singular, ímpar em toda a minha vida. Não sei se começo pelo enredo, pela narrativa ou pelo que senti durante as 288 páginas... Ainda sinto um turbilhão de sentimentos por aqui, então vou começar pela ordem que meu coração mandar.
Elio passa os verões numa belíssima e aconchegante casa na costa italiana, acompanho dos pais, vizinhos, amigos, músicas e livros. Filho de um professor universitário, Elio está acostumado a receber hóspedes escritores por algumas semanas em troca de favores com seu pai. O que Elio não esperava era que um hóspede em especial bagunçaria todas as suas melodias, suas palavras, seus sentimentos e sua razão: Oliver.
Entre canções e poesia, o livro de André Aciman me conquistou pela narrativa, pela paixão e pela nudez crua das relações. Um mundo diferente surgiu diante dos meus olhos, e eu disse Entre. Entrem, Elio e Oliver, e permitam-me conhecer um pouco mais sobre o amor.
“Me chame pelo seu nome e eu vou chamar você pelo meu.”
Eu me senti como Elio. Era capaz de prever os movimentos de Oliver, estudá-lo, sentir sem tocá-lo, imaginá-lo e passar horas interpretando cada expressão, cada silêncio e cada palavra. Eu vivi uma vida inteira nesse livro! Fui à Roma, cumprimentei Heráclito, ouvi piano e nadei no paraíso. Eu fui até o mais íntimo possível de duas pessoas apaixonadas. E eu disse Entrem.
Me Chame Pelo Seu Nome é a história de um primeiro amor de verão. É quente, doce, impulsivo e inesquecível. Eu poderia passar horas numa cadeira de praia observando Elio e Oliver, e ainda assim, jamais, saberia o que dizer. Há coisas que só é possível entender, compreender e sentir.
Se não depois, quando?
Se’lamore...
Até depois, Oliver.
Se’lamore...
Até depois, Oliver.
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