Eu li Cordélia duas vezes. Meu primeiro contato com a HQ foi em 2022, mas na semana passada eu fiz uma releitura pois senti que a história me chamou outra vez.
Recentemente li em algum lugar que em algumas culturas a borboleta simbolizava a passagem da vida. Como se, após a morte, a alma saísse do corpo e voasse em forma de borboleta. Foi aí que eu lembrei de Cordélia e peguei o quadrinho para ler de novo.
Segundo a psicologia das cores, o azul simboliza calmaria, segurança e aprendizado – inclusive, não é à toa que muitas instituições de ensino usam essa cor. Mas o azul também remete ao frio, à solidão e à angústia – também não é por acaso que a Tristeza tem essa cor no filme Divertidamente e que a gente sempre pinta de azul a chuva e os dias nublados. Seguindo essa poética, Cordélia é uma graphic novel que me remete ao azul, e o roteiro da Tali Grass vai guiando os tons conforme a história cresce, conversando com a gente não só com palavras, mas também com a arte belíssima da Ana Mei.
Eu tive o prazer de encontrar a Tali Grass (roteirista) há alguns anos e esse prazer se tornou uma imensa felicidade quando o destino nos tornou amigas. É por isso que, agora que eu a conheço melhor, minha segunda experiência com Cordélia ganhou um novo sentido. Tem muito da Tali nessas páginas. Muito mais do que eu poderia imaginar na primeira vez que li. Cordélia é um exemplo perfeito de obra que jamais poderia ser separada da artista. E isso é, em letras garrafais: MARAVILHOSO.
Se você quiser ler uma história bem rápida, mas que vai te marcar por um bom tempo, leia Cordélia. É provável que você passe a enxergar casulos, mariposas e borboletas de uma forma diferente. 🦋
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