Resenha: Uma proposta e nada mais, de Mary Balogh #1 da série Clube dos Sobreviventes


Há um tempo atrás li esse romance de época da Mary Balogh e mais uma vez fiquei encantada pela escrita e pelos personagens que ela criou; a minha impressão é que Mary dá vida à personagens reais, sinceros e verdadeiros naquilo que representam. O primeiro livro da série “Clube dos Sobreviventes” nos conta a história de amor entre Gwendoline e Hugo, duas pessoas maduras, vividas e que já foram machucadas pela vida.

Anualmente, os sete amigos que compõem o Clube dos Sofrimentos se reúnem para conversar e tentar o trauma que sofreram durante a guerra napoleônica. É em um desses encontros que, por acaso, Hugo Ermes - lorde Trentham - encontra Gwendoline Grayson, a viúva lady Muir. Saindo do esteriótipo mocinha ingênua debutante e mocinho libertino, Mary Balogh nos presenteia com uma história mais profunda e cativante pela verdade que carrega. Com uma pitada de humor ácido, o livro ainda me rendeu risadas.

"A senhora não é, de forma alguma, o tipo de mulher que busco para ser minha esposa - disse ele. - E faço parte de um universo muito diferente do marido que espera encontrar. Mesmo assim, sinto um poderoso desejo de beijá-la."

De maneira detalhista, mas nem um  pouco cansativa, a atora descreve muito bem o cenário pós-guerra em que tudo acontece. Os personagens são apaixonantes, desde os protagonistas aos secundários. Toda a trama é bem amarrada e faz a gente suspirar em diversos momentos... A única coisa que me incomodou na leitura foi a repetição. Quando a mesma cena era narrada pelos dois pontos de vista (da Gwen e do Hugo) senti que a estrutura narrativa não me agradava cem por cento. No mais, eu não li muitos livros da Mary Balogh, mas os que li eu recomendo sem pensar duas vezes. Uma proposta e nada mais é mais um livro intenso e inspirador que todo fã de romance vai adorar!

"Todos nós precisamos ser amados, Gwendoline, de uma forma plena e incondicional. Mesmo quando carregamos o fardo da culpa e acreditamos não merecer amor. A verdade é que ninguém merece. Não sou religioso, mas acredito que é disso que tratam as religiões. Ninguém merece, mas ao mesmo tempo, todos nós somos dignos de amor."

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