Resenha | O Homem de Giz, o thriller de estreia de C. J. Tudor


Eu ainda não superei esse livro...
Misture It, a coisa; Strangers Things e Conta Comigo; bata no liquidificador, leve ao forno e o resultado será O Homem de Giz! Eu, como fã de Stephen King e apaixonada por referências às suas obras, fiquei maravilhosamente hipnotizada pela história que C J Tudor escreveu nesse livro.
“Ser uma boa pessoa tem a ver com a maneira como você trata os outros. As pessoas boas (…) sabem em seu íntimo que estão fazendo a coisa certa.”
Tudo acontece em dois momentos: passado (1986) — quando um grupo de amigos segue os desenhos de um homem de giz até encontrar um corpo no meio da floresta — e presente (2016) quando todos já seguiram as suas vidas, mas estão sequelados de alguma forma, consequência de grandes tragédias no passado. O que aconteceu com esses garotos? Um ar de mistério paira sobre as páginas do livro e me fez ficar acordada capítulo após capítulo em busca de respostas.


Um acidente no parque, um professor novato e misterioso, uma garota com o rosto desfigurado, amizades colocadas à prova, a hipocrisia na religião, segredos familiares, mortes inexplicáveis, desenhos feitos de giz, cinco amigos e o corpo de uma jovem faltando a cabeça...! É, talvez seja muita coisa pra assimilar... mas C J Tudor foi me guiando capítulo por capítulo, narrando passado e presente delicadamente até o ponto em que tudo se fundiu e a verdade estourou como uma bomba diante de mim. Eu não esperava por aquilo!
"Ter princípios é algo bom. Se você puder bancá-los. Gosto de pensar que sou um homem de princípios, mas, no fim das contas a maioria dos homens acha que é. O fato é que todos temos um preço, todos temos botões que podem ser pressionados para nos levar a fazer coisas que não são de todo honradas. Princípios não pagam a hipoteca nem quitam as nossas dívidas. Princípios são uma moeda sem valor na rotina do dia a dia. Em geral, um homem de princípios é alguém que tem tudo o que quer ou que não tem absolutamente nada a perder.”

O Homem de Giz não é um livro "perfeito" no sentido de dar ao leitor todas as respostas, mas acredito que qualquer lacuna que tenha ficado em aberto foi proposital. Algumas perguntas que eu me fazia durante a história ficaram sem respostas, mas cá entre nós, a vida também é assim. Nós nunca saberemos tudo sobre uma pessoa, e na minha cabeça ecoavam as mesmas perguntas que o narrador se fazia. Sendo assim, a obra é coerente naquilo que se propõe, e ahhhh... como eu caí de cabeça nessa história! Eu adorei O Homem de Giz e, para mim, o livro manteve o padrão de qualidade do início ao fim. Recomendadíssimo!
"Há perguntas. Muitas perguntas. Consigo gerenciar os “comos”, “ondes” e os “quês”, mas para os “porquês” não tenho todas as respostas. Nem perto disso.”

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Sinopse: Em 1986, Eddie e os amigos passam a maior parte dos dias andando de bicicleta pela pacata vizinhança em busca de aventuras. Os desenhos a giz são seu código secreto: homenzinhos rabiscados no asfalto; mensagens que só eles entendem. Mas um desenho misterioso leva o grupo de crianças até um corpo desmembrado e espalhado em um bosque. Depois disso, nada mais é como antes. Em 2016, Eddie se esforça para superar o passado, até que um dia ele e os amigos de infância recebem um mesmo aviso: o desenho de um homem de giz enforcado. Quando um dos amigos aparece morto, Eddie tem certeza de que precisa descobrir o que de fato aconteceu trinta anos atrás. Alternando habilidosamente entre presente e passado, O Homem de Giz traz o melhor do suspense: personagens maravilhosamente construídos, mistérios de prender o fôlego e reviravoltas que vão impressionar até os leitores mais escaldados.
Livro recebido e resenhado em parceria com a Editora Intrínseca <3 

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