[Resenha] A Febre

Título: A Febre
Autora: Megan Abbott
Editora: Intrínseca 
Páginas: 272

Sinopse: Na Escola Secundária de Dryden, Deenie, Lise e Gabby formam um trio inseparável. Filha do professor de química e irmã de um popular jogador de hóquei da escola, Deenie irradia a vulnerabilidade de uma típica adolescente de 16 anos. Quando Lise sofre uma inexplicável e violenta convulsão no meio de uma aula, ninguém sabe como reagir.
Os boatos começam a se espalhar na mesma velocidade que outras meninas passam a ter desmaios, convulsões e tiques nervosos, deixando os médicos intrigados e os pais apavorados. Os ataques seriam efeito colateral de uma vacina contra HPV?
Envoltos em teorias e especulações, o pânico rapidamente se alastra pela escola e pela cidade, ameaçando a frágil sensação de segurança daquelas pessoas, que não conseguem compreender a causa da doença terrível e misteriosa.

- A trama do livro foi inspirada num acontecimento real, ocorrido no estado de Nova York, em 2012.
- Eleito Livro do Ano pelo Strand Critics Award e apontado entre os finalistas do prestigioso Folio Prize e os melhores do ano da Amazon.
- A produtora da atriz Sarah Jessica Parker vai lançar uma série no canal MTV baseada no livro e produzida por Karen Rosenfelt, de A Menina Que Roubava Livros, O Diabo Veste Prada e Crepúsculo.



Minhas impressões: Inspirada em uma história real, a autora Megan Abbott trouxe questões como a descoberta da sexualidade, os dramas da adolescência e conflitos familiares a tona logo após um surto de convulsões que aconteceu num grupo de meninas da Escola Secundária de Dryden. Sem nenhum diagnóstico correto, pais, amigos e professores são tomados pelo pânico, vendo-se de mãos atadas enquanto a notícia de espalha pelos meios de comunicação. 

Tudo começa com Lise Daniels. Ela foi a primeira a "surtar" no meio da sala de aula. Caiu, se debateu, tremeu e nenhuma explicação posterior ao fato foi plausível. Logo após, outras meninas começaram a apresentar comportamentos estranhos e crises semelhantes.

Para onde quer que olhasse, via longas fileiras de meninas com minissaias e meias coloridas, todas alinhadas, como as contas das pulseiras de amizade em seus braços, os rostos tensos e atentos. E os meninos em suas próprias demonstrações de confusão e bravata, mantinham-se afastados, como no ensino fundamental. Era quase como se tivessem medo de se aproximar demais. 

Enfatizando os fatos pela perspectiva da amiga da Lise, a Deenie, a autora criou - no início - uma atmosfera de mistério e desespero que atraiu a minha curiosidade. Um drama forte e intenso  até certo ponto. Depois de um tempo o livro começou a ficar descritivo demais, com excesso de detalhes dispensáveis e maçantes. Todo aquele mistério que me atraiu, foi se esgotando aos poucos e eu não via a hora do livro acabar. Entretanto, gostei de como a autora descreveu as cenas dos surtos, consegui imaginar quão bizarro foram as convulsões sofridas pelas garotas e em certo momento, senti na pele todo o drama.

Quanto aos personagens, confesso que infelizmente nenhum deles me cativou, senti que faltou carisma e eu não me apeguei a nenhum. A visão de mundo de cada um deles e o comportamento não me agradaram de nenhuma forma. A única que gostei um pouco foi a Deenie, quando ela vai atrás de respostas, mas ainda assim sinto que ela poderia ter sido melhor. 

Os professores por sua vez pareciam desesperados, agarrando as suas canetas pilot como se fossem sinalizadores de emergência, ou largados nos batentes das portas, cheios de desprezo.

O final do livro foi ainda mais decepcionante, pois não respondeu as perguntas que eu me fazia o tempo todo durante a leitura e deixou várias lacunas. Realmente, não gostei.

Nota: 1/5

SKOOB / Amazon / Americanas

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