Resenha | A Química que Há Entre Nós, de Krystal Sutherland

Assim que concluí a leitura deste livro, fiquei com um leve incômodo na "boca do estômago". Não sabia se queria chorar, se queria sorrir... Só sei que dei um longo e demorado suspiro assim que li a última linha.
"E todo esse tempo eu a amei, assim como ela o amou. Secretamente, entre a sombra e a alma."
A Química que há Entre Nós conta a história de Henry que se apaixona pela colega de turma, Grace. Diferente da outras meninas da classe, Grace parece estar sempre mal cuidada, com cabelos sujos, roupas masculinas e uma bengala. Por trás dessa aparência, existe um mistério que Henry está disposto a descobrir, e nós o acompanharemos nessa busca por respostas.


Quando, finalmente, o mistério foi revelado, eu quis abraçar a Grace. Eu quis que ela procurasse um psicólogo. Eu quis dizer a ela que tudo aquilo poderia passar, se ela se permitisse. Eu quis que o Henry não fosse um coadjuvante na vida dela. Eu quis que algo extraordinário acontecesse...

Mas Grace estava quebrada demais.
E Henry sabia que corria o risco de se machucar.
"Pensei em amá-la secretamente, entre a sombra e a alma. Talvez eu devesse fazer isso. Talvez fosse aí o lugar dos meus sentimentos: na escuridão, nunca percebidos."

E aí aconteceu tudo e nada ao mesmo tempo. Tudo ficou no ar, como poeira de estrela ou sujeira. Como aquilo que somos, se comparados com a imensidão do universo. Como a vida real, sabe? Quando você não luta por aquilo que quer. Quando você só se conforma, se culpa, só espera, só tem medo... Como quando você não sabe o que fazer.
"Você se apaixonou por uma ideia, não por uma pessoa real."
Eu esperava mais desse livro, confesso. Eu queria mais química, mais garra, mais esperança. Eu queria mais fúria. Eu queria um final feliz - o que não significa que o final foi triste. Sei lá, ainda estou processando algumas coisas aqui na minha cabeça... Ainda sinto um nó no estômago... E acho que final feliz é só uma questão de ponto de vista.

"Porque eu nunca conheci ninguém que
eu quisesse na minha vida desse jeito.
Além de você.
Eu poderia abrir uma exceção pra você."
O livro é muito real, sabe? Por isso, às vezes, eu sentia um incômodo por querer que tudo se resolvesse e terminasse com aquele "felizes para sempre" que eu estou acostumada. Mas este livro não é um clichê. Nada nele é clichê, é tudo muito real, tão real que entristece e me fez repensar algumas coisas sobre a vida. A Química que Há Entre Nós diz que o amor é uma reação química. É um encontro de átomos e explosões que podem - ou não - ter um fim. É como uma estrela que entra em super nova. Às vezes dura para sempre. Às vezes se apaga.
"Mas o amor é científico. Quer dizer, ele é apenas uma reação química no cérebro. Às vezes essa reação dura a vida inteira, repetindo-se de novo e de novo. E às vezes, não. Às vezes ela entra em supernova e começa a desaparecer. Nós somos todos apenas corações químicos. E isso deixa o amor menos brilhante? Acho que não."

 A Química que Há Entre Nós é bonito, profundo e triste ao mesmo tempo. Krystal tem uma escrita semelhante a do John Green. Às vezes pode não fazer sentido, mas os personagens estão li, vivendo e nos contando uma história que vale a pena ser ouvida.

NOTA: 3,5/5 | SKOOB | COMPARE E COMPRE

Sinopse: Grace Town é esquisita. E não é apenas por suas roupas masculinas, seu desleixo e a bengala que usa para andar. Ela também age de modo estranho: não quer se enturmar com ninguém e faz perguntas nada comuns. Mas, por algum motivo inexplicável, Henry Page gosta muito dela. E cada vez mais ele quer estar por perto e viver esse sentimento que não sabe definir. Só que quanto mais próximos eles ficam, mais os segredos de Grace parecem obscuros.  Mesmo que pareça um romance fadado ao fracasso, Henry insiste em mergulhar nesse universo misterioso, do qual nunca poderia sair o mesmo. Com o tempo, fica claro para ele que o amor é uma grande confusão, mas uma confusão que ele quer desesperadamente viver.

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2 Comentários

  1. Oi!

    Mulher, eu ando numa vibe de ler livros românticos, clichês e fofinhos, haha. Se for livro pra fazer chorar, refletir ou ficar na bad, tô passando reto! hahaha.

    Adorei a resenha! ;)

    Beijo!

    https://blogminhaorbita.blogspot.com.br/

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  2. Caramba!
    Lendo a sua resenha eu só consegui pensar que esse livro é tão eu.
    Se apaixonar por alguém mas viver aquilo de uma forma platonica.

    Otima resenha
    Preciso ler esse livro
    😲

    Beijos
    Meu mundinho quase perfeito

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